ALEMANHA RECEBE O TERCEIRO TERMINAL FLUTUANTE DE GÁS EM PORTO NO NORTE DO PAÍS
Uma terceira instalação temporária para processar gás natural liquefeito (GNL) atracou no porto industrial de Brunsbüttel, no norte da Alemanha, que tem tem adquirido fontes alternativas de energia para se livrar do gás russo. Um terceiro terminal flutuante de gás natural liquefeito (GNL chegou ao norte do país nesta sexta-feira (20) para ajudar a reforçar o suprimento de energia ameaçado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. O navio Hoegh Gannet, que mede 294 metros por 46 metros, atracou no porto de Brunsbüttel. O ministro da Economia, Robert Habeck, o primeiro-ministro do estado de Schleswig-Holstein, Daniel Günther, e o CEO da gigante de energia RWE, Markus Krebber, supervisionaram a chegada do terminal.
O terminal, que pode receber gás líquido altamente comprimido de navios-tanque e convertê-lo em gás utilizável, complementará outros dois, um em Wilhelshaven e outro em Lubmin, no mar Báltico, que chegaram no mês passado. O primeiro GNL para processamento está programado para chegar a Brunsbüttel no início do próximo mês. O governo e a RWE pretendem alimentar 3,5 bilhões de metros cúbicos de gás na rede nacional este ano apenas de Brunsbüttel. Assim que um novo gasoduto para Hamburgo for concluído no final do ano, esse número deverá subir para 7,5 bilhões de metros cúbicos. Um quarto terminal deve ser entregue em breve no porto de Stade, localizado no rio Elba. A Alemanha planeja sete terminais no total, informou a emissora pública NDR.
A Alemanha vai tentando se defender da falta de gás criando terminais de GNL flutuantes. Eles são uma medida temporária até que os terminais permanentes se tornem operacionais em 2026. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro passado, a Alemanha procurou reduzir sua dependência de Moscou para importações de energia. Antes do conflito, a maior economia da Europa obtinha metade de seu gás natural da Rússia. Os suprimentos russos através do Gadosuto Nord Stream 1 sob o Mar Báltico diminuíram no ano passado e foram totalmente cortados devido ao que Moscou disse ser um trabalho de manutenção essencial, mas que Berlim disse ser um jogo de poder político do Kremlin.
Além de aumentar as importações de gás da Noruega e da Holanda, a Alemanha adquiriu GNL dos Estados Unidos e de países do Golfo. A Alemanha consome cerca de 90 bilhões de metros cúbicos (3.200 pés cúbicos) de gás natural por ano, segundo o Ministério da Economia. Quando totalmente online, os terminais flutuantes de GNL poderiam fornecer cerca de um terço das necessidades de gás da Alemanha.
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